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ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Babás podem fazer mais do que cuidar
 
Como passam boa parte do dia com as crianças, essas profissionais atuam diretamente na educação e no desenvolvimento dos pequenos
 
19/03/2010
Fonte: Mariana Domakoski, especial para a Gazeta
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Todos os dias Vinícius, de 2 anos e meio, acorda, faz a primeira refeição e vai brincar. A sala da casa é o cantinho dele. Ali estão todos os seus carrinhos, livros e jogos. Até um colchão é improvisado, para as horas de descanso depois das longas sessões de histórias dos carros falantes – que ele ouve e conta, acompanhando com o dedinho o livro, fazendo de conta que já lê.

Para cuidar do filho, a mãe, a nutricionista Pollyana Mercer de Camargo Martins, 37 anos, conta com a ajuda da babá Maria Apa­re­cida dos Santos, a Cida, 56. Há mais de seis anos trabalhando na casa, Cida já cuidou de Stephanny, 12, a filha mais velha de Pollyana. “Ela é uma segunda mãe para as crianças. Cuida, estimula, tem paciência. Além disso, ensina a comer verdura, a interagir com outras pessoas, a brincar”, diz a mãe.

Para a mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sandra Regina Dias da Costa, a boa relação entre criança e babá é extremamente importante. “Como o ser humano se desenvolve por meio de interações, é fundamental que a criança conviva com pessoas que permitam isso, que estejam dispostas a brincar, a comentar sobre um filme, sobre um desenho, um brinquedo. Dizemos que ela precisa de nutrição cognitiva”, afirma. Quem cuida de uma criança, segundo Sandra, precisa estar atento a ela, ao seu tempo, ao seu ritmo.

A linguagem é outro aspecto a ser considerado, de acordo com a especialista. “Como boa parte do aprendizado da criança é feito por imitação, é recomendado que a babá saiba como orientar e até mesmo iniciar a criança no processo da oralidade”, afirma.

Para a mestre em Educação, especialista em Educação Infantil e professora titular de educação psicomotora e ludicidade da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Jocian Machado Bueno, essa tendência é uma necessidade na profissão. Segundo ela, a babá deve aprender os costumes da família para a qual trabalha e compreender que serve de referência para a criança. “A partir dessa compreensão, ela passa, também, a educar. E nesse momento sua função é mais validada pela própria família”, afirma.

Super Cida

Cida ajuda a nutricionista Pollyana a garantir uma rotina saudável para o filho Vinícius, de 2 anos e meio. A manhã do pequeno começa com uma mamadeira, seguida de várias brincadeiras. “Ele gosta de ficar na sala, onde estão todos os brinquedos. Eu deixo ele decidir o que quer fazer e depois acompanho, oriento”, diz Cida.

Na hora do almoço, mais uma vez a babá ajuda na educação de Vinícius. Todos os dias a refeição começa com um prato colorido de salada, que ele pode comer como quiser. “É para descobrir a forma e o gosto das coisas”, afirma a mãe, Pollyana. “A paciência que a ida tem para cozinhar para ele ajuda muito. O Vini sempre tem um almoço e um jantar fresquinhos, e isso auxilia na educação alimentar”, completa.

Vinícius gosta que a babá leia histórias de carrinhos falantes e até arrisca contá-las, acompanhando as palavras com os dedinhos, como se estivesse lendo as letras escritas. “Ele gosta de ouvir e gosta quando comentamos sobre as histórias com ele”, diz Cida.

A babá também brinca de jogo da memória e de encaixe. “Mesmo pequenininho, ele já associa as peças, já entende o que pode fazer. Ele lembra das ilustrações do jogo da memória, sabe que elas formam pares”, comenta ela. Para a mãe, essas são atividades de grande valor. “Esses momentos enriquecem a rotina do meu filho e auxiliam no desenvolvimento de suas habilidades”, afirma Pollyana.

 

 
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